Impressionante o número de pacientes que estão sob regular tratamento ortodôntico e não sabem sequer o nome do profissional que os assistem. Não me refiro, é claro, a um ou outro "adolescente desligado" que não gravou o nome do seu dentista. Refiro-me ao estado atual do tratamento ortodôntico no Brasil. A Especialidade com maior número de profissionais inscritos abriga ainda a atuação irresponsável (a meu ver, criminosa) de pessoas não habilitadas para exercer a ortodontia.
Muitos são os relatos de pacientes que são atendidos ora por um profissional, ora por outro(s). Uma paciente chegou a me relatar que só viu o ortodontista na primeira consulta. Em semelhante história, uma mãe, somente após dois anos de tratamento da filha descobriu que o atendimento era realizado por uma auxiliar, acreditem, sem a presença da Ortodontista.
Por vezes me pergunto que tipo de relação profissional-paciente é esta, ou se os pacientes se julgam muito espertos quando procuram por aquele tratamento "quase de graça". É lógico pressupor que algo vai mal... Ou seria "mau", sinônimo de perverso, sinistro?
O título desta postagem também poderia ser: "Você já viu, alguma vez, o seu ortodontista?", ou "Você já falou com o seu ortodontista?"; "E ele falou com você?!" ou, pior, "O seu ortodontista é Ortodontista?".
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