quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Artigo - Pendex


Diversos artigos encontrados na literatura científica discutem e avaliam métodos e sistemas capazes de promover a distalização de molares. Neste aspecto surgem questionamento quanto a: qual melhor tipo de aparelho, qual sistema utilizar, como ocorre a movimentação, efeitos adversos, movimento de inclinação ou de corpo, etc. O artigo a seguir, publicado na Revista Dental Press em 2007, apresenta um estudo cefalométrico dos efeitos da distalização de molares com o uso do Pendex, em pacientes no final da dentadura mista e dentadura permanente.

Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex: estudo cefalométrico prospectivo

Maxillary molar distalization using Pend-X appliance: a prospective cephalometric study

Eduardo César Almada SantosI; Omar Gabriel da Silva FilhoII; Patrícia Maria Pizzo ReisII; Francisco Antônio BertozIII

RESUMO
A distalização dos molares superiores constitui um desafio na correção da má oclusão de Classe II em tratamentos sem extrações dentárias e sem avanço mandibular. Há uma procura por dispositivos que substituam a tração extrabucal (AEB) e que não exijam demasiada colaboração do paciente, o que estimula os ortodontistas a testarem métodos alternativos aos relatados na literatura. Dentre estes, destacam-se os aparelhos Pêndulo e Pendex de Hilgers.

OBJETIVO: a realização desta pesquisa teve o intuito de avaliar, mediante a cefalometria, os efeitos do aparelho Pendex aplicado no final da dentadura mista e na dentadura permanente.

METODOLOGIA: a amostra constou de 14 pacientes com má oclusão de Classe II bilateral, com média de idade de 11 anos e 3 meses. Foram tomadas duas telerradiografias em norma lateral, uma correspondente ao início do tratamento e outra aproximadamente 5 meses após sua finalização, quando a relação dos molares encontrava-se sobrecorrigida.

RESULTADOS: após a determinação e mensuração das grandezas cefalométricas lineares e angulares e análise estatística (Teste t de Student), pode-se concluir que os efeitos do aparelho Pendex foram predominantemente ortodônticos: distalização da coroa dos primeiros molares permanentes numa velocidade média de 0,8 mm/mês e vestibularização dos incisivos superiores com aumento do trespasse horizontal.

CONCLUSÃO: assim sendo, quando há indicação para distalização dos molares, cumpre-se fazer uma análise dos fatores envolvidos, a fim de eleger, com prudência, a solução terapêutica mais adequada às exigências individuais e profissionais.

Palavras-chave: Aparelhos ortodônticos. Má oclusão de Angle Classe II. Deformidades dentofaciais.


IProfessor Adjunto da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista. Professor e orientador do programa de pós-graduação em Ortodontia da Foa-Unesp ao nível de mestrado e doutorado- coordenador do Projeto
IIMestre e especialista pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista
IIIProfessor Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista. Professor e orientador do programa de pós-graduação em Ortodontia da Foa-Unesp ao nível de mestrado e doutorado

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Birte Melsen em entrevista à Dental Press


Birte Melsen, professora e chefe do Departamento de Ortodontia do Royal Dental College, da Faculty of Health Sciences da University of Aarhus, na Dinamarca é a entrevistada desta edição da Revista Dental Press. Autora de mais de 250 trabalhos científicos publicados no mundo inteiro e uma das difusoras da técnica do arco segmentado, a professora respondeu as mais variadas questões, elucidando, entre outros assuntos, conceitos sobre biomecânica e distração osteogênica, implantes auxiliares e intrusão dentária. Publicado em dezembro de 2000.

Clique aqui para ler a entrevista!

domingo, 13 de dezembro de 2009

"Ortodontia Automatizada"

A cada ano são lançados no mercado de trabalho centenas de novos profissionais. Situação que contempla todas as profissões e, dentro delas, suas especialidades. Com a odontologia não é diferente, novos cursos de graduação e pós-graduação surgem a todo instante. O prognóstico me parece sombrio. Muitas instituições de ensino apresentam baixo grau de qualidade e formam profissionais de semelhante atributo. O que acontece na Ortodontia é muito mais grave do que parece. Clínicas espalhadas por todo o país criaram um método de atendimento inovador, no qual, auxiliares de consultório dentário (antigas ACDs, atuais ASBs) "viram", com um passe de mágica (magia negra, acredito) "projetos de ortodontistas" que atendem e realizam procedimentos referentes ao tratamento ortodôntico nos pacientes de um suposto "Dentista Responsável" (muitas aspas para responsável). Isto não reflete somente uma fraca formação acadêmica, mas, total falta respeito ao paciente que, ao buscar um tratamento, espera atendimento de profissional competente. O que há é uma verdadeira afronta ao código de ética. Estes profissionais deveriam ser punidos pelos Conselhos Federal e Regional de Odontologia. Os auxiliares sejam ASBs ou TSBs têm sim suas atribuições, o que não inclui tratamento ortodôntico. Este deve ser realizado por profissional especializado.